Pré-imagens são os dados inseridos em uma função hash para calcular um hash. Como uma função hash é uma função unidirecional, a saída, o hash, não pode ser usada para revelar a entrada, a pré-imagem.

 

Qualquer dado pode ser usado como uma pré-imagem. Por exemplo, os endereços são criados usando o hash de uma chave pública. Da mesma forma, um cabeçalho de bloco é a pré-imagem para a prova de trabalho de um bloco, que é um hash.

Os hashes costumam ser usados como compromissos com pré-imagens, porque o compromisso com a pré-imagem pode ser publicado sem revelar a pré-imagem. Por exemplo, se o bitcoin for enviado para um endereço P2PKH, que é o hash de uma chave pública, esse bitcoin é comprometido com uma determinada chave pública, mesmo que a chave pública não seja conhecida por ninguém além do proprietário, que chamaremos de Alice. Quando Alice deseja gastar o bitcoin, ela publica a pré-imagem, a chave pública, juntamente com uma assinatura, comprovando seu controle da chave privada correspondente. Com essas duas informações, qualquer pessoa que valide o blockchain pode verificar se o bitcoin realmente pertence a essa chave pública e que Alice controla essa chave pública.

 

A Lightning Network também usa pré-imagens como prova de que uma fatura Lightning foi paga. Nesse contexto, o contrato de bloqueio de tempo com hash (HTLC) serve como compromisso, prometendo pagar uma taxa a um nó de roteamento em troca de rotear o pagamento desejado, enquanto a pré-imagem, o contrato de bloqueio de tempo (sem hash), é a prova de que o compromisso foi satisfeito. Os HTLCs são enviados do nó pagador para o nó de roteamento, para o nó receptor, que devolve a pré-imagem do HTLC ao nó de roteamento, que usa a pré-imagem para reivindicar a taxa prometida.